O milho e a soja estão entre os cinco grãos mais produzidos no mundo. São colhidas mais de 1.000 milhões e 300 milhões de toneladas – respectivamente – por ano safra. A principal razão para este grande volume é seu emprego como matéria-prima para a fabricação de ração animal e de inúmeros outros produtos.
Sendo considerado commodities rurais, a soja e o milho, assim como o trigo e a laranja tem esse título devido ao seu baixo grau de industrialização e grande volume de produção.
Por serem matéria-prima para as indústrias de muitos países, os preços das commodities sofrem grande influência do volume consumido e do montante desse tipo de insumo que é ofertado no mercado.
Usos e benefícios
No Brasil, 86% da produção do campo são de grãos. Soja e milho são os grãos cujas cadeias produtivas estão bem organizadas e os produtos são fáceis de vender nos mercados externo e interno, porque além de alimento para humanos e animais, também fornecem matéria-prima para a produção de biocombustíveis.
Sua demanda é considerada vinculada, sendo aquecida por duas frentes de consumo, razão pela qual os preços de mercado oscilam menos, causando menos frustrações ao agricultor, do que o cultivo de outras grandes culturas, como arroz, trigo, feijão ou algodão.
A grande demanda do mercado por soja e milho sempre esteve vinculada à cadeia de produção de carnes e, mais recentemente, também para a produção de biodiesel (soja) e etanol (milho).
A demanda por carnes tem crescido significativamente ao longo das últimas décadas, como consequência do expressivo crescimento da economia mundial, que colocou mais dinheiro no bolso dos cidadãos dos países em desenvolvimento, que passaram a consumir menos grãos e mais carne, cuja matéria-prima é, majoritariamente, composta pelos farelos de soja e de milho.
Cerca de 70% do farelo proteico utilizado na formulação das rações que alimentam os animais domésticos produtores de carne, provém da soja. Outros farelos proteicos (girassol, caroço de algodão, amendoim, canola) também são utilizados no Brasil, mas sua quantidade é pequena e sua riqueza em proteína é muito menor que a da soja.
O farelo de milho, por sua vez, rico em carboidratos, é tão indispensável na formulação de rações quanto o farelo de soja, que, também, pode ser substituído pelo farelo de outros cereais (trigo, arroz, centeio, cevada).
Entendeu a importância da produção dessas commodities no mundo?
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Fonte: Gran Milho